A leishmaniose canina é uma doença infecciosa, causada por um parasita chamado Leishmania infantum e que é transmitido pela picada de pequenos insectos voadores (flebótomos).
Estes insectos têm uma distribuição mundial e podem ser encontrados em várias regiões do sul da Europa, incluindo Portugal, Espanha, Itália e sul de França.
Cães com acesso ao exterior, de pelo curto e geralmente, animais com idade igual ou superior a 2 anos, correm maior risco de ser infetados. No entanto, gatos e outros animais também podem contrair leishmaniose.
Sendo esta uma doença transmitida por pequenos insectos voadores, a chegada das temperaturas mais quentes marca o início do período de maior atividade dos flebótomos (geralmente de Abril-Setembro), e por isso existe um maior risco de infeção.
Os sinais clínicos mais frequentes de leishmaniose incluem um crescimento exagerado das unhas, perda de pelo (geralmente em torno da boca, nariz, olhos e orelhas), lesões pele, perda de peso e de massa muscular.
A leishmaniose pode ter uma progressão variável, dependente do estado de saúde e resposta do sistema imunitário dos animais – significando que após a infecção, os sinais clínicos podem surgir num intervalo de 1 mês a 2 ou mais anos. Em alguns casos, os animais infetados podem mesmo não manifestar quaisquer sinais da doença.
Os parasitas afectam órgãos internos como a medula óssea, linfonodos, fígado e o baço, e são bastante comuns alterações sanguíneas, lesões renais e articulações.
Até ao momento não existe uma cura para a leishmaniose, e o tratamento que permite o controlo da doença é prolongado e exige grande comprometimento por parte dos donos.
A melhor forma de lutar contra a doença é através da prevenção – prevenindo as picadas do inseto (pela utilização de repelentes e desparasitantes) e pelo reforço imunitário através da vacinação.