por Marta Pedreira Mixão (newsletter Veterinária Atual)
20 Março, 2020
No seguimento das medidas anunciadas pelo Governo português para contenção da pandemia de Covid-19, existem ainda algumas exceções ao comércio, serviços e circulação.
Para garantir o bem-estar dos animais de companhia, o comércio a retalho de animais de companhia e respetivos alimentos, em estabelecimentos especializados, vai manter-se aberto. Além disto, também as clínicas veterinárias prestarão alguns serviços.
Em entrevista à CMTV, Jorge Cid, bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários (OMV), explicou que é necessário que continuem a ser prestados cuidados médico-veterinários.
“Sensibilizámos a tutela, a ministra da Saúde e a ministra da Agricultura, que isso era fundamental, as clínicas continuarem abertas, as que entenderem, para prestar assistência aos animais de companhia”, refere o bastonário, que destacou que a medida se aplicaria apenas a consultas de urgência. No caso das vacinas, a “emergência” só se aplicaria às primeiras vacinas aplicadas a cachorros bebés.
Quanto às exceções que permitem a circulação, o passeio animais de companhia por períodos de curta duração é uma das medidas previstas.
“Esta medida saiu e bem. Aliás, de acordo com as medidas que saíram em toda a Europa. Em todos os países da Europa, nomeadamente até em Itália, onde a situação é mais grave, e Espanha, as pessoas podem ir passear os seus animais. Devem ser passeios curtos. Quando se diz passear o animal na rua, não é fazer convívios nos parques”, alertou Jorge Cid.
“Nunca é demais frisar que não há evidências de que os animais de companhia possam transmitir Covid-19 aos humanos. No entanto, por medida de prevenção, recomendamos que cada vez que os detentores forem passear o seu animal de companhia à rua, por medida de higiene, quando chegarem possam limpar as suas patinhas”, recomendou o bastonário sobre medidas a adotar, justificando que “manda a precaução que tenhamos todas as precauções; serão as mesmas medidas para os animais de companhia”.